Ana Leana estreia em álbum que costura memória e poesia, inspirado na trajetória de mulheres brasileiras
No dia 10 de outubro, a cantora, compositora e pesquisadora brasiliense apresentou o disco Ana Leana. A obra é, ao mesmo tempo, documento íntimo e manifesto coletivo. As canções evocam a potência de mulheres como Maria da Penha, Nise da Silveira, Lélia Gonzalez, Carolina Maria de Jesus, Pagu e Lourdes Barreto, além de homenagearem figuras pessoais como a mãe da artista, Rita Leitão, e a poeta Anabe Lopes.
Com produção musical de Navalha Karréra, artista e guitarrista carioca reconhecida por trabalhos com Letrux e Jards Macalé, o álbum equilibra o refinamento da canção popular brasileira com sonoridades urbanas, metais de fanfarra e efeitos eletrônicos.
As participações especiais da atriz e cantora Simone Mazzer e da irreverente Orquestra Voadora reforçam a pluralidade estética de uma obra que não teme o risco, nem o experimento.
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Con-fiar (O que em mim transborda) — 0:41
10 mil modos — 3:55
Desejo líquido — 3:00
Corpo feito rio (Chove lá fora) — 4:12
Nascer do dia — 3:49
Con-fiar — 3:12
Eu só quero sonhar (feat. Simone Mazzer) — 3:25
Vestida de estrelas (feat. Orquestra Voadora) — 4:02
Vida entregue — 1:41
Meu desejo era viver na cidade, ir ao cinema. Dançar, entrar no cordão de carnaval ‘só para moer’. (Carolina Maria de Jesus, Diário de Bitita, 1986)
A noite está tépida. O céu já está salpicado de estrelas. Eu que sou exótica gostaria de recortar um pedaço do céu para fazer um vestido. (Carolina Maria de Jesus, Quarto de Despejo, 1960)
Há dez mil modos de pertencer à vida e de lutar pela sua época. (Nise da Silveira, em entrevista ao documentário de Leo Hirszman, 1986)
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