Com produção musical de Navalha Karréra, o disco reúne nove faixas e conta com participações de Simone Mazzer e Orquestra Voadora. Lançamento em 10 de outubro.
No dia 10 de outubro, a cantora, compositora e pesquisadora brasiliense apresenta o disco Ana Leana, um trabalho que é, ao mesmo tempo, documento íntimo e manifesto coletivo. As canções evocam a potência de mulheres como Maria da Penha, Nise da Silveira, Lélia Gonzalez, Carolina Maria de Jesus, Pagu e Lourdes Barreto, além de homenagearem figuras pessoais como a mãe da artista, Rita Leitão, e a poeta Anabe Lopes.
Com produção musical de Navalha Karréra, artista e guitarrista carioca reconhecida por trabalhos com Letrux e Jards Macalé, o álbum equilibra o refinamento da canção popular brasileira com sonoridades urbanas, metais de fanfarra e efeitos eletrônicos. As participações especiais da atriz e cantora Simone Mazzer e da irreverente Orquestra Voadora reforçam a pluralidade estética de uma obra que não teme o risco nem o experimento.
“As canções nasceram de uma imersão em histórias e obras de mulheres que me inspiram profundamente. Entrevistei algumas delas em minha trajetória como jornalista, como é o caso de Maria da Penha e Lourdes Barreto. Quanto mais revisitava essas histórias, mais mergulhava em minhas próprias memórias, vivências e aprendizados. É um álbum coletivo e ao mesmo tempo autobiográfico, que nasceu desse ritual de afetos, costurando em letras e melodias tudo o que transbordou desse processo: amor, saudade, raiva, luta, alegria, esperança e reinvenção”, afirma Ana Leana.
O disco escuta e ressignifica vozes que foram, muitas vezes, abafadas na história. Em cada faixa, a artista revisita histórias de mulheres atravessadas pela violência, pelo desejo e pela luta, mas também pela capacidade de inventar mundos possíveis. Da energia carnavalesca de “Vestida de estrelas” (inspirada no sonho de Carolina Maria de Jesus de costurar um vestido com pedaços do céu) à delicadeza política de “Nascer do Dia” (dedicada a Maria da Penha), o álbum desenha um mapa de afetos insurgentes.
Se o universo aparece como metáfora recorrente nas letras e na atmosfera sonora, o bordado é sua imagem terrestre complementar. Todas as capas dos singles foram bordadas à mão pela artista plástica Yara Maya, e a capa do disco traz o título “Ana Leana” costurado fio a fio por Hoana Bonito, fotógrafa e artista plástica que também assina a direção cinematográfica dos videoclipes, ao lado da documentarista francesa Laura Damase. A costura, presente também em videoclipes como “Con-fiar”, conecta o álbum às artes manuais e ao gesto ancestral de tecer histórias, evocando tanto a costureira cotidiana quanto as moiras da mitologia, que fiavam o destino da humanidade.
O trabalho soa urgente e afirma outra centralidade dentro da música brasileira: a do Centro-Oeste como território de produção artística relevante e inventiva. O disco destaca a capital como território fértil, expandindo suas sonoridades para além das fronteiras geográficas.
No gesto inaugural de nomear o álbum com seu próprio nome, Ana Leana sugere que vida e obra são inseparáveis. Cada faixa é extensão de sua trajetória como cantora, jornalista e pesquisadora, e cada homenagem é também um autorretrato. Uma artista que se apresenta inteira, estreando com um trabalho que é simultaneamente íntimo e coletivo, singular e plural, enraizado e cósmico, bordado e estelar.
CONTATOS E REDES
Instagram – @ana.le.ana
Linktree – https://linktr.ee/analeana
Fotos para imprensa – Drive disponível para download
VIDEOCLIPES
Con-fiar – Assista aqui
Vestida de estrelas (feat. Orquestra Voadora) – Assista aqui
10 mil modos – Assista aqui
